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Mostrando postagens de outubro, 2017

O Mundo Bipolar - A Guerra da Coreia

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A década de 1950 começou com um dos maiores conflitos do período Pós Segunda Guerra. Travada em uma península asiática, a Guerra da Coreia expôs o que seria o mundo bipolarizado entre os Estados Unidos e a União Soviética, entre o Capitalismo e o Socialismo. Da década de 1910 até o final de Segunda Guerra Mundial a península da Coreia estava ocupada por forças japonesas. Após o final do conflito mundial a península coreana foi dividida na altura do paralelo 38, ficando o norte sob influência da União Soviética e sul sob influência dos Estados Unidos. A zona de fronteira entre as duas Coreias se tornou um local de constantes provocações militares. Até que na madrugada de 25 de junho de 1950, com apoio armado soviético, a Coreia do Norte, sob comando de Kim Il-Sung, invadiu o sul, com o intuito de reunificar a península. Antes da invasão políticos norte-americanos haviam sugerido que os Estados Unidos não dariam apoio a Coreia do Sul, que era governada por Syngman Rhee, em c

A Grande Seca de 1877

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Há 140 anos, em 1877, ocorria uma das mais terríveis secas da história do Nordeste. Conhecida como a Grande Seca, foi um período de estiagem que perdurou de 1877 à 1879.  Toda região foi afetada, contudo a província do Ceará foi a mais atingida, onde cerca de 10% da população pereceu (a província tinha por volta de 800 mil habitantes). Mesmo com a região Nordeste sendo atingida, anteriormente, por outro período de seca, entre 1844 à 1845, a força da estiagem de 1877 surpreendeu o governo imperial, que ainda não tinha planos para combater aquele flagelo, deixando a população a mercê da seca. Ocorreu um grande êxodo para outras regiões. Milhares tentaram refúgio na Amazônia, outros tentavam se refugiar nas cidades do litoral. Este êxodo pode ser resumido em números: A cidade de Aracati, no litoral do Ceará, passou de cinco mil habitantes para mais de 60 mil pessoas. A capital Fortaleza, tinha 21 mil habitantes no ano de 1872 e 1878 passou a ter mais de 130 mil, contudo muitos

Uma História Que Não Pode Ser Esquecida - O Cemitério dos Pretos Novos

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Um dos mais importantes sítios arqueológicos, com referência à escravidão no Brasil, se localiza no Rio de Janeiro.  O Cemitério dos Pretos Novos, também chamado de Memorial dos Pretos Novos, é também, um centro cultural onde abriga os restos de um antigo cemitério de escravos. O Cemitério dos Pretos Novos, que existiu entre o final do século XVIII e início do século XIX, estava localizando no antigo mercado negreiro do Valongo, no Rio de Janeiro. Os negros recém-desembarcados da África eram chamados de "pretos novos". Nas longas viagens, entre a África e a Brasil, boa parte dos negros chegava debilitada e uma porcentagem destes cativos africanos morria em seus primeiros dias e seus corpos eram enterrados dentro de barracões ou nos arredores do mercado. Calcula-se que foram enterrados, no Cemitério dos Pretos Novos, entre 20.000 e 30.000 escravos. Em 1830, o mercado foi fechado, tanto devido a reclamação de moradores dos seus arredores, como também, era uma form